domingo, 2 de novembro de 2008

ZUMBA (marta nascimento) 1985


Você chegou, me deu amor.
Você ficou, me conquistou...
Quero falar da minha dor
Tão intensa...
Nessa pequena canção.
Você foi luz, alegria,
Prazer, emoção...!
Teu corpo frágil
Mas, , forte de amor
Tinha ternura e calor...
Minha menina pequena,
Nunca mais voltou...
Você chegou, pediu amor.
Você ficou, me conquistou...!

Você chegou, me deu amor
Você se foi deixando dor ...!





Num dia chuvoso, abro a porta da minha casa e encontro na varanda, uma coisa pequena, preta e toda sem pêlo, era uma cachorrinha. Tive o maior susto e enxotei com medo de alguma doença, pois meus filhos Gil e Andréa, na época tinham entre 02 (dois) e 03 (três) anos, respectivamente. Ao mesmo tempo, me deu o maior remorso, pois aquela cachorrinha iria morrer logo, logo, se alguém não cuidasse dela. Ela me olhava de um jeito que nunca vou esquecer. Parecia pedir: cuida de mim...! Não deu outra, entrei em casa, expliquei aos meus filhos o que iria fazer. Deixei claro que somente eu, poderia pegar nela. Pareceram entender. Procurei luvas e juntos fomos a um veterinário, para ver que providências poderíamos tomar. Quando ele a viu, disse que seria muito difícil recuperá-la mas, se era o que queríamos, iria tentar. Deixou claro que se eu quisesse um cachorro para as minhas crianças, ele arranjaria um, porque aquela não vingaria. Que nada...! Não era cachorro que eu queria, eu queria apenas salvar aquela coitada abandonada por estar doente e depois a daria para alguém.
Na realidade, não gosto muito de animais dentro de casa e principalmente, naquela casa, pois tinha o piso inteirinho de carpete. Arranjei um jeito de acostumá-la no quintal e fui cuidando carinhosamente daquele serzinho tão pequeno e feinho. Meus filhos adoraram a idéia. Passado uns 04 meses de convivência, ela estava ficando linda. Seus pelos já cresciam e estava uma graça, obediente que era de se admirar. É claro que eu já tinha me apaixonado por ela e meus filhos, nem se fala. Pensar em dar... Nunca mais, ela já fazia parte do nosso lar.
Pois bem, estava tendo um surto de carrapatos nos cachorros da minha rua e apesar dela não sair do quintal, apareceunela, um desses bichinhos peçonhentos . Quando vi, a levei novamente ao veterinário para saber como tiraríamos aquela coisa dela. Ele se admirou ao vê-la, não acreditou que a nossa ZUMBA, estava tão forte e que tinha sobrevivido e passou um pó para ser colocado uma hora antes do banho, para depois ser retirado .
Naquele dia a temperatura estava muito baixa. Coloquei o remédio e vi que ela tremia muito e vesti uma roupinha para que não ficasse com muito frio. Foi aí que eu tive uma grande surpresa, sem querer, envenenei a minha cachorrinha e ela se foi. Fiquei desconsolada, como explicar isso aos meus filhos. Foi uma dor terrível e foi assim que eu acabei escrevendo e musicando a minha primeira música aqui em Barra Bonita, SP.
ZUMBA foi o nome da minha primeira cachorra quando eu tinha meus 09 (nove) anos e ela também era pretinha , igualzinha a ela.

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