domingo, 9 de novembro de 2008

PARAFUSO...! marta nascimento

Viajo na garupa da fragilidade.
Carrego uma lupa para enfrentar desafios.
Convivo num campo minado
Onde o dia a dia implacável,
Nos faz vencer os temas invisíveis.
A juventude, às vezes,
Insensível com o tempo...
Articula palavras instintivas
E pelo poder soberbo da idade,
Gera um sentimento mesquinho...
O visual parece ser a essência.
O apego à imagem é singular.
E vem o veneno: “ Se acha moçinha...”
Costurar palavras e soltá-las ao vento,
Gera um momento
Que se funde com a sintonia.
Numa cantoria cheia de métrica,
Dou risada...! Olho no seu olhar,
Penetro no seu intimo e a faço refletir.
O peso da palavra nos faz
Entrar em parafuso... Ela,
Com um gesto sereno, se refaz
E desculpa-se do pensamento
Em voz alta...!

Vivo um momento muito especial. Convivo com pessoas que me fazem aprender diariamente. O carinho que recebo me engrandece e fortalece. Sou movida a sentimentos e as palavras fluem quando me deparo com uma situação interessante. Estavamos conversando nos bancos da faculdade (07.11.2008). De repente passa alguém e há uma exclamação sutil, "se acha", dei risada e falei: ah! vocë fala isso de mim também não é mesmo? Houve um breve silêncio e num abraço ela me falou: não, vocë é minha amiga...! Continuei a sorrir e houve um amadurecimento instantâneo. É verdade, eu não deveria ter falado assim... ! (fiquei feliz e escrevi parafuso pensando no ocorrido).

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