sábado, 29 de novembro de 2008

SEM DISFARCE - (marta nascimento)


Essência livre de cinismo,
Permite-nos enxergar com pureza
Cada ruga que faz uma historia.
Nossa retina finaliza num resgate frágil,
Cada imagem que nos estimula
E, por um fio,
Consente-nos sentir um afeto puro...

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Que coisa doída que é esse negócio de saudade...! (27.11.08)

Saudade é um negócio meio louco não? Não tem essa coisa de ser maduro pra não senti-la... Por mais que a gente pense e saiba qual é o caminho a seguir, quando ela vem, não tem quem segure... A decisão de parar é real, mas deixar de lado a bichinha, não esta sendo fácil... Estou sentindo a falta de todos e a saudade é grande ...!

SOU ASSIM... marta nascimento

Já falei com os pássaros e
Cantei pra eles me ouvissem.
Subi nos telhados como gatos e
Miei pra que eles descessem de lá.
Com meu lado avesso
Descobri algo que eu não conhecia:
Que era um lado direito no avesso...!
E o mais legal foi perceber que
Quando esquecia a palavra,
Aprendia que podia inventar...
Cresci com sutilezas de um curumim
E rapidez de uma águia,
As lembranças da infância
Trazem minhas travessuras
Tão cheia de mistérios...!
Acendi desejos e expectativas
Sobre o que eu seria enfim...
Por isso ando em corda bamba
E driblo coisas ruis.
Se for ver direitinho,
Sou meio índio, por isso sou assim...

terça-feira, 25 de novembro de 2008

O PONTO - marta nascimento -

Deixa que eu cante
A minha vida numa só canção,
Já que a esperança
Surge nas noites de estrelas.
Os meus olhos de não dormir
Ficam sem direção...
E pergunto ao meu mundo:
Onde estás se eu sou pura abstração?
Vejo o descaminho como pulsação
E na dança do amor reivento passos.
Minha flor é meu tom,
Que sem destino, calada...
Continua latente.
Teu olhar nos quatro cantos
Traz ventania...
Que faz minha alma procurar
O ponto que num encontro
Nos fez luz...!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

QUINTAL marta nascimento

Abra a porta do seu quintal
Deixa que eu entre no seu paraiso
Eu sou a luz que ilumina seu caminho
Só você ainda não viu isso
Abra a porta do seu quintal
Deixa que eu invada o seu intimo
Sou como festa surpresa que só traz
Explosões e alegria
Quando a gente ama não quer sentir dor
Teia de aranha vira pensamento
Tudo armadilhas, mistérios do amor
Abra a porta do seu quintal
Deixa que eu sinta o que você sente
Eu sou tão nó, sou tão amor
Com a porta aberta nos amaremos melhor

Essa música foi classificada no festival de Todas as Tribos no Sesc em João Pessoa, Pb. Esta também no Prefiro Ser Romântica. Gosto dela pois não é nada menos do que um alerta as pessoas que se fecham para a convivência em harmonia. Seja quem for, se não abrirmos o nosso quintal, fatalmente estaremos fechando uma redoma em nossa volta e deixamos de usurfruir o que há de mais belo entre as pessoas, o amor.

domingo, 23 de novembro de 2008

QUANDO EU FALO... (marta nascimento)



Quando eu falo
Digo coisas que
Podem magoar. ..
Quando eu calo
A garganta vai doer,
Vai sangrar!
Quando eu canto
O som me leva a tona...
Quando eu grito
A palavra não ecoa.
E me fecho
Na solidão do espinho...!


Tem coisas que escutamos e não prestamos atenção no que realmente ela quer dizer, então diga-me:: você já pensou na solidão do espinho? Se não, saca aí. Ninguém quer chegar perto pois ele machuca e faz sangrar, ele é dolorido, não dá pra toca-lo de qualquer maneira, se não protegermos nossas mãos, ele é pontiagudo e pode deixar cicatrizes profundas, enfim, deve ser uma solidão danada de ruim essa do espinho. Pensando nele, escrevi "quando falo", desta forma, pude retratar o momento em que me senti realmente só e sem expectativas. São momentos raros, mas que esporadicamente acontecem...! Essa letra esta musicada e encontra-se no meu primeiro solo Tom Cigano.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

UM OLHAR (marta nascimento)

A base foi plantada
Não há como negar. O
Time fez sua vez, mas
O interessante é o brilho
No olhar que vem do
Instinto de quem comanda...
Ousadia básica é ter
Coragem. E provocar...
Assim se repagina a
Rotina na publicidade.
Livre do medo tudo transforma...
O admirável é ver esse brilho no olhar, porto
Seguro pra quem quer criar...!

O gostoso de escrever é curtir o momento. Hoje, dia 20.11.2008, assisti pela primeira vez como que nasce os publicitários de sucesso, que são justamente aqueles que mostram na prática suas idéias e suas campanhas. Mas, o legal também é sentir a curtição dos professores e um deles me chamou a atenção pelo brilho que havia em seu olhar, parecia uma criança feliz e aquele instante me inspirou para fazer-lhe uma homenagem e escrevi o que esta acima.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

DECISÃO - marta nascimento



A espera inquieta
Deixava-lhe tremula.
Baixinho seu coração
Descompassado vibrava...
Ao mesmo tempo
Um soluço entoava...
Como num pouso forçado
Sem saber a hora da chegada,
Aterrissou num vôo cego.
O detalhe: sem saber o que falar.
Costurou idéias...
Usou de truques pra não chorar.
Era chegada a hora de parar.
Por um instante
O silencio se apresentou...
Vacilou... Quis voltar...
Mas, a boca falou
O que o coraçao não queria.
Um olhar e um toque de mãos
Selaram o momento.
Num preciso equilíbrio
Cada um seguiu seu caminho
Com passos firmes
Sem olhar pra trás...!
Na volta, percebeu que
Bastava uma palavra
Para decidir ficar...!

A decisão estava tomada, não dava mais pra continuar, cada dia que passava ficava mais dificil se desvencilhar. Já não havia interesse em nada, já não conseguia se concentrar e o caminho mais certo a seguir, seria se afastar. Dificil não conter o choro por algo que não se quer abandonar, mas tem momentos na vida que abdicar é o melhor caminho. Escrevi essas linhas quando percebi que duas pessoas precisavam se afastar uma da outra, pois num dos lados crescia um sentimento perigoso, sem possibilidade de vingar...!

domingo, 16 de novembro de 2008

DA CURIOSIDADE AO ENCANTO - marta nascimento


Da curiosidade ao encanto
Nos apaixonamos...
Com cumplicidade
Nós nos amamos...
Nossa meta, um só caminho!
Uma só seta, um só destino...
Mas, como espinho
o ciúme sangrou...
Com flechada negra
Nos desmoronou...
Mas, na hora exata
O rumo certo!
Daí, percebi que era real...
A nossa meta era real,
Era real, a nossa meta.




Nos colocarmos no lugar do outro, às vezes é necessário para podermos sentir melhor o que o outro sente. Como olhar-se num espelho ou mesmo fazer um laboratório. Esta poesia escrevi quando vi duas pessoas perdendo o rumo, num desencontro total por fatores tão banais. Ainda bem que ainda estão juntos, curtindo sua paixão...!

sábado, 15 de novembro de 2008

CURTO A REAL...! marta nascimento


Nos momentos que deito a cabeça,
Tento tranqüilizar pensamentos
Que parecem ter vida própria...
Com precisão, estampo imagens
Cujas minúcias, deixam-me sensível.
Outros vêm em retalhos
Mal intencionados...
E a sensação é verdadeira...!
Refino cada lembrança
Que faz minha história e as escolho.
Esboço peças multicores e
Alinho na ordem para acordar.
No final, processo minha volta,
Abro os olhos e curto a real...!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

CENAS INTERROMPIDAS...! marta nascimento

A dor do parto, dói no corpo
O parto da partida dói na alma.
Quando assisto ao parto,
Vejo o começo da vida
Mas, se sou eu que parto,
Choro na despedida...
Parto, reparto, inteira
Ou em pedaços
Faço parte do parto,
Faço parte da vida...
Vida vivida, bem resolvida
Num laço ou abraço...
No desencontro esqueço o fardo
Na rede, me entrego ao cansaço...
Na vida, traço meu passo...
Na trilha, caminho sem espaço
Na garganta, sufoco meu asco...


Há dias em que a gente precisa tomar decisões. Quando nos deparamos com o inesperado, essa decisão tem que ser mais rápida. Às vezes nos tormanos livres ao tomá-la, posteriormente, nos sentimos aprisionados pelas lembranças. A conseqüência que isso traz é o amadurecimento.
A sede de saber nos torna criança diante da descoberta, conseqüentemente, vulneráveis. O limite das ondas que se formam ao redor dessa realidade nos impulsiona a refletir e quando a ficha cai, à gente reage. Rótulos? Existem... E são explorados... Mas, nem sempre fiéis...
Escrevi esse texto num momento de fragilidade, quando senti que parar, se fazia necessário. Fazer a hora faz parte do instinto de defesa do ser humano e como faço parte dessa raça, rindo, me defendo...!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

SEGUNDO SEMESTRE...! marta nascimento


Interpretar, psicologia, Ciências Sociais,
Atividades , Marketing e Fotografia
Culminando nas práticas de propaganda.
É o segundo semestre de publicidade.
Muita informação é a primeira impressão.
E você se lança em busca
Da moda, estilo, imagem,
Campanha publicitária no ar...!
Uma idéia exclusiva tem que surgir
E pra vesti-la...? A embalagem!
Um doido desafio pra prender a atenção
Do alvo maior, o consumidor...!
Não há tempo pra distração.
Folders , painéis , cores adequadas
Um envolvimento louco pra garantir o glamour
A mídia abre caminho e de bandeja você pira.
Respire, relaxe, a regra é vender e decolar.
Gigantes abrem caminho e você fica ciente
Que se jogar limpo, pode vingar.
Ter coragem e não perder a calma
Arquivar em sua memória ,
Que não seja RAM , para não perder os dados
Ao se desconectar da linguagem publicitária.
Faço uma prece pra não surtar
Quando o meio, a Mensagem
O Marketing e a Propaganda
Fazem o desafio da criação
São círculos, traços e pensamentos
Que não SE pode fechar para o novo.
No final, monografia no ar. É PIC... É Prex...
Bancar moleza, nem pensar
Você tem mesmo é que ralar e criar...

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

MÁSCARA...! marta nascimento







Quem pode conter um choro
Por uma dor que somente nós conhecemos?
Quem pode julgar uma dor
Por algo que somente nós queremos?
Quem pode saber um amor
Se não provar um que não seja enlatado?
Quem pode achar que alguém erra
Apenas por não saber achar a saída?
Quem pode viver atrás de cortinas
Se elas se mostram leves e claras?
Quem pode sentir o prazer
Se não tirar sua máscara?

domingo, 9 de novembro de 2008

PARAFUSO...! marta nascimento

Viajo na garupa da fragilidade.
Carrego uma lupa para enfrentar desafios.
Convivo num campo minado
Onde o dia a dia implacável,
Nos faz vencer os temas invisíveis.
A juventude, às vezes,
Insensível com o tempo...
Articula palavras instintivas
E pelo poder soberbo da idade,
Gera um sentimento mesquinho...
O visual parece ser a essência.
O apego à imagem é singular.
E vem o veneno: “ Se acha moçinha...”
Costurar palavras e soltá-las ao vento,
Gera um momento
Que se funde com a sintonia.
Numa cantoria cheia de métrica,
Dou risada...! Olho no seu olhar,
Penetro no seu intimo e a faço refletir.
O peso da palavra nos faz
Entrar em parafuso... Ela,
Com um gesto sereno, se refaz
E desculpa-se do pensamento
Em voz alta...!

Vivo um momento muito especial. Convivo com pessoas que me fazem aprender diariamente. O carinho que recebo me engrandece e fortalece. Sou movida a sentimentos e as palavras fluem quando me deparo com uma situação interessante. Estavamos conversando nos bancos da faculdade (07.11.2008). De repente passa alguém e há uma exclamação sutil, "se acha", dei risada e falei: ah! vocë fala isso de mim também não é mesmo? Houve um breve silêncio e num abraço ela me falou: não, vocë é minha amiga...! Continuei a sorrir e houve um amadurecimento instantâneo. É verdade, eu não deveria ter falado assim... ! (fiquei feliz e escrevi parafuso pensando no ocorrido).

SUCURI...! marta nascimento


Quando alguém engana um amigo
Logo diz: lá vem a sucuri
É que eles sabem que seu olho aberto
Engana um e outro ali
Mas, a cobra sucuri!
É uma cobra danadinha,
É a cobra mais calminha
Que eu já vi por aqui.
Quando alguém engana um amigo
Logo diz: lá vem a sucuri
É que eles sabem que o seu veneno
Paralisa um aqui e outro ali
Ela é cobra danadinha
Não ataca se defende
E se vê gente por perto
Vai pra água é lá que vive

Eu sou a cobra sucuri, quando tenho fome vou á caça, mas não sou malvada se deixo meu olho aberto quando durmo , é pra que meu caçador achar que estou acordada, e o meu veneno é apenas para dar tempo eu fugir, eu sucuri ,cobra brasileira , não queiram meu mal sou sucuri e quero ficar aqui.


Escrevi e musiquei essa letra quando meus filhos ainda eram pequenos. Quando eu cheguei no bairro que hoje eu moro, tinha muito mato e sempre tinha muitos bichos que a gente não esta acostumado a conviver, risos! Pois bem, um dia, não é que entra uma cobra enorme na nossa casa e tivemos que mata-la...! Não era a sucuri, é claro! Mas, naquele momento, resolvi pegar um livro e falar um pouco das cobras para os meus filhos. Para que eles não ficassem tão assustados, resolvi fazer essa música e a gente com ela, cantavamos e brincavamos de roda. Gostoso recordar esses momentos...!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

SERÁ CARETA ? (marta nascimento)


Amar, sem pedir nada em troca,
Poder parecer careta!
Querer sem pensar
Em nunca ter, pode parecer antigo
Mas, não é...!
Existem pessoas que doam-se!
Amam, simplesmente por amar
E não percebem
O abuso que lhes acompanha.
Quando abrem os olhos, dói...!
Livrar-se dela, a dor,
Se faz necessário,mas,
nem sempre é fácil, com ela ,vem
O tédio, o desânimo, o cansaço...
Tudo é breu...!
O medo torna-se personagem principal
E o mundo passa a ser
Aquilo que não gostaríamos que fosse...
Fechamos a porta...
Abri-la é necessário, senão...
Seremos arrastados ao fundo do poço...
A dor tem conexão direta
E diária com a solidão.
Única... Precisa ser vencida.
Ou, nossa química falece...!
Tudo o que sei é que: Quando amamos
Precisamos ser amados também...!



Tem dias que a gente escuta o que as pessoas querem falar e nem sempre concordamos com elas. Estavamos conversando sobre o amor com minhas novas amigas da escola e num papo fiquei a pensar numa garota que falava do seu amor sem medidas por alguém que cruzou o seu caminho e discordei dela. Não sei se o que fiz foi legal, mas não me contive quando ela falou que tinha pena da pessoa que estava com o seu amor, pois ela sabia da outra e a outra não sabia dela. Sem querer ofendê-la disse-lhe para que ela pensasse mais sobre esse assunto, porque aquela situação não era a ideal para nenhuma das duas e sim para um só lado, o dele. Escrevi esse texto pensando na Luciana (nome fictício).

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Sou navio...! marta nascimento


Não me olhes,
Se não me enxergas...
E não me definas,
Se não comemos
Na mesma bandeja...!
Não quero ser alvo
E sim, meta certa.
Não crio vínculo,
Sou parte do todo.
Não comparo,
Conheço as diferenças...
Aonde eu vou, não importa,
Deixo atrás de mim,
Uma porta...
Não quero ser decifrada,
Muito menos entendida.
Minha parte mulher é felina,
Meu lado razão é navio que
Navega nas ondas do meu violão
E mesmo com os pés no chão,
Sinto, sou pura intuição...!

domingo, 2 de novembro de 2008

ZUMBA (marta nascimento) 1985


Você chegou, me deu amor.
Você ficou, me conquistou...
Quero falar da minha dor
Tão intensa...
Nessa pequena canção.
Você foi luz, alegria,
Prazer, emoção...!
Teu corpo frágil
Mas, , forte de amor
Tinha ternura e calor...
Minha menina pequena,
Nunca mais voltou...
Você chegou, pediu amor.
Você ficou, me conquistou...!

Você chegou, me deu amor
Você se foi deixando dor ...!





Num dia chuvoso, abro a porta da minha casa e encontro na varanda, uma coisa pequena, preta e toda sem pêlo, era uma cachorrinha. Tive o maior susto e enxotei com medo de alguma doença, pois meus filhos Gil e Andréa, na época tinham entre 02 (dois) e 03 (três) anos, respectivamente. Ao mesmo tempo, me deu o maior remorso, pois aquela cachorrinha iria morrer logo, logo, se alguém não cuidasse dela. Ela me olhava de um jeito que nunca vou esquecer. Parecia pedir: cuida de mim...! Não deu outra, entrei em casa, expliquei aos meus filhos o que iria fazer. Deixei claro que somente eu, poderia pegar nela. Pareceram entender. Procurei luvas e juntos fomos a um veterinário, para ver que providências poderíamos tomar. Quando ele a viu, disse que seria muito difícil recuperá-la mas, se era o que queríamos, iria tentar. Deixou claro que se eu quisesse um cachorro para as minhas crianças, ele arranjaria um, porque aquela não vingaria. Que nada...! Não era cachorro que eu queria, eu queria apenas salvar aquela coitada abandonada por estar doente e depois a daria para alguém.
Na realidade, não gosto muito de animais dentro de casa e principalmente, naquela casa, pois tinha o piso inteirinho de carpete. Arranjei um jeito de acostumá-la no quintal e fui cuidando carinhosamente daquele serzinho tão pequeno e feinho. Meus filhos adoraram a idéia. Passado uns 04 meses de convivência, ela estava ficando linda. Seus pelos já cresciam e estava uma graça, obediente que era de se admirar. É claro que eu já tinha me apaixonado por ela e meus filhos, nem se fala. Pensar em dar... Nunca mais, ela já fazia parte do nosso lar.
Pois bem, estava tendo um surto de carrapatos nos cachorros da minha rua e apesar dela não sair do quintal, apareceunela, um desses bichinhos peçonhentos . Quando vi, a levei novamente ao veterinário para saber como tiraríamos aquela coisa dela. Ele se admirou ao vê-la, não acreditou que a nossa ZUMBA, estava tão forte e que tinha sobrevivido e passou um pó para ser colocado uma hora antes do banho, para depois ser retirado .
Naquele dia a temperatura estava muito baixa. Coloquei o remédio e vi que ela tremia muito e vesti uma roupinha para que não ficasse com muito frio. Foi aí que eu tive uma grande surpresa, sem querer, envenenei a minha cachorrinha e ela se foi. Fiquei desconsolada, como explicar isso aos meus filhos. Foi uma dor terrível e foi assim que eu acabei escrevendo e musicando a minha primeira música aqui em Barra Bonita, SP.
ZUMBA foi o nome da minha primeira cachorra quando eu tinha meus 09 (nove) anos e ela também era pretinha , igualzinha a ela.

VOLTAR É DESAPRENDER...? marta nascimento 02.10.2008


As vezes disfarçamos o que sentimos
Com sorrisos, palavras ou sons.
São fragmentos da memória,
Pedaços de lembranças que não tem fim.
Quando ruins, tornam-se uma praga
Que nos contamina e domina
E sem controle nos desconhecemos.
Quando boas, nos leva ao paraíso
Das fantasias, das recordações...
Não há um antídoto que as remova.
Ficamos entregues a loucura
Do que elas possam fazer.
Esquecer, não dá...
Reviver , as vezês, é insano...!
Somos frutos da nossa vivência.
Somos o que aprendemos,
Erros e acertos nos moldaram.
Será que voltar é desaprender?