quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

RÉDEAS FROUXAS - marta nascimento


Fica claro que a política de algumas escolas particulares é: não perder alunos. Convenhamos que seja perfeitamente aceitável, mas, quando a palavra educação fica longe do seu real significado é preciso ficar de orelha em pé. O desrespeito entre alunos e professores fica evidente e o medo de não te-los pagantes, no final do mês é maior, consequentemente, aqueles que lutam baixam a cabeça. A ganância dos donos de algumas instituições educacionais deseduca e instiga a violência não tomando nenhuma atitude. O ser humano vai ficando cada vez mais fraco e aquele que ainda demonstra coragem, luta e acredita no bem, desanima e entra na dança.
Os pais não interagem, enjaulam seus filhos nessas redomas acreditando que na escola, eles aprenderão aquilo que não lhes ensinaram e o jogo de” empurra, empurra “dá sua largada. Admitir que houve falha e tentar corrigi-la seria o ideal, mas transferir a culpa é bem mais simples.
Nossos filhos nos testam desde o momento em que nascem e guiá-los para uma vida melhor é nosso dever e obrigação. Com amor e responsabilidade este ato é de grande valia. Esperar que outro faça por você, torna-o fraco, sem personalidade e vulnerável. Diante de tal constatação, façamos cada um a sua parte, não espere ficar tarde para chorar pitangas depois. Nem sempre os pais se apercebem da gravidade da situação e a coisa vai virando uma bola de neve.


Sou mãe, tenho um casal de filhos e foi dolorido ter que dizer não em alguns momentos para eles. Aprendi isso com meus pais que sempre estiveram certos quando me falaram o mesmo. Talvez não tenhamos tido tanto dialogo para que eu entendesse melhor, mas com certeza ficaram os ensinamentos. Não estou aqui para me santificar pois também errei e aprendi com esses erros. Todo o dia é dia de mudança , se esse for o seu caso, faça a sua parte, use da autoridade que lhe pertence e aprenda a dizer o não. Estou cansada de ver homens e mulheres dizendo que não podem com seus filhos, que eles só fazem o que querem e quando pergunto da idade que eles têm, pasmem...! Não passam dos oito (8) anos . O que acontece é que eles eles já descobriram a fraqueza dos pais e já se preparam para atuar mais tarde. Fica aqui as perguntas: quem sabe mais, uma criança com oito (8) anos ou uma pessoa entre 20 e 30 anos? Qual dos dois vai ter que ter sabedoria para ensinar a andar com rédeas, nem que sejam frouxas?


Uma das novelas da globo exibe cenas de total violência através de um personagem que é a de um aluno irreverente e agressivo na escola e na convivência com colegas. Foi refletindo sobre essas ações colocadas com certeza, para alerta da população, que eu acabei escrevendo o texto acima.

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